GÊNEROS TEXTUAIS,GÊNEROS LITERÁRIOS e TIPOLOGIA TEXTUAL

Apesar de parecer a mesma coisa, tipo e gêneros textuais são diferentes, contudo estão ligados. Para facilitar e entender o que é cada um dos, vamos as definições:
TIPOLOGIA TEXTUAL
A categoria tipo textual, segundo Marcuschi, é um conceito que abrange de cinco a dez categorias, designadas narração, argumentação, exposição ou dissertação, descrição, injunção e diálogo. Sendo que esse agrupamento é de natureza linguística.

Os tipos textuais constituem os elementos fundamentais da infra-estrutura geral dos textos, que por sua vez, é responsável pela organização sequencial ou linear do conteúdo temático. Além disso, um texto pode conter uma, várias ou todas as sequências ao mesmo tempo.
Dessa forma, os tipos textuais, ou tipologias textuais, são a forma sob a qual o texto se apresenta determinando a estrutura padrão que rege como cada um será construído. A tipologia textual é classificada de acordo com objetivo, estrutura e finalidade do texto.
Assim, superando o conceito, podemos aprofundar nas classificações:
TEXTO DESCRITIVO
A descrição pode ser objetiva ou subjetiva, sendo que na primeira o ser/objeto/espaço é descrito tal qual se apresenta ao mundo e na segunda, diferentemente, o ser/objeto/espaço é descrito a partir das impressões
pessoais (subjetivas) de quem está realizando a caracterização.
A finalidade desse tipo textual é criar na mente do interlocutor uma imagem do que está sendo descrito. Podendo utilizar recursos como a enumeração, a comparação e os cinco sentidos.
Ademais, são características próprias desse tipo textual:
- É um retrato verbal
- Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
- As classes gramaticais mais utilizadas são: substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
- Como na narração há a utilização da enumeração e comparação
- Presença de verbos de ligação
- Os verbos são flexionados no presente ou no pretérito (passado)
- Emprego de orações coordenadas justapostas
Como exemplo podemos citar:
“Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. [..] As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas.” (O Cortiço — Aluísio Azevedo)
TEXTO NARRATIVO
Os textos narrativos são formas básicas globais muito importantes da comunicação textual. A estrutura narrativa é caracterizada pela marcação temporal cronológica, além do destaque dado aos agentes das ações. Na narrativa, predominam as ações, sendo que as descrições de situações e estados lhe são subordinadas.
Assim, tais textos literalmente narraram, ou seja, contam uma história que envolve personagens e acontecimentos. Aqui são apresentadas ações e personagens: O que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
Dessa forma, as características mais importantes são a presença de
- Personagens, os quais podem ser reais ou fictícios
- Enredo que é a trama em que se desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear, enredo não linear, enredo psicológico e enredo cronológico.
- Tempo da narrativa que é tipicamente o passado, mas pode ser o presente (a narração de um jogo de futebol) ou o futuro (obras proféticas, por exemplo).
- O espaço pode ser físico (uma cidade, uma casa, uma escola) ou psicológico (mente do personagem ou do narrador).
- O narrador, que pode ser de primeira ou terceira pessoa: o narrador em primeira pessoa participa das ações; o narrador em terceira pessoa não está diretamente envolvido nas ações, podendo ser observador (apenas relata os acontecimentos vistos a olhos nus) ou observador onisciente (aquele que tudo sabe, que tudo vê, inclusive os estados mentais das personagens).
Além disso, existem três tipos de discurso, ou seja, três formas de introdução das falas das personagens na narrativa:
- O discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do narrador.
- O discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens.
- O discurso indireto livre é caracterizado por permitir que os acontecimentos sejam narrados em simultâneo, estando as falas das personagens direta e integralmente inseridas dentro do discurso do narrador.
Como exemplo:
“E ele, caminhando devagar sob as acácias, sentia no sombrio silêncio as pancadas desordenadas do seu coração. Subiu os três degraus de pedra — que lhe pareciam já de uma casa estranha. (…) Ali ficou. Melanie, com o xale na mão, veio dizer-lhe que a senhora estava na sala das tapeçarias… Carlos entrou. (…) E correu para ele, arrebatou-lhe as mãos, sem poder falar, soluçando, tremendo toda.” (Os Maias, Eça de Queirós)
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater. Este tipo de texto apresenta uma explanação detalhada de determinados temas e conhecimentos. Além disso, para construção deste tipo de texto há a necessidade de conhecimentos prévios do assunto/tema tratado.
Aqui a ênfase é temática, ou seja, a organização se dá através de componentes ligados entre si por várias relações lógicas: premissa e conclusão, problema e solução, tese e evidência, causa e efeito, analogia, comparação, definição e exemplo. Além disso, são mais raros os marcadores da presença de um sujeito enunciador e de sinais que indicam avaliações.
Como exemplo:
No seu aspecto exterior, na sua constituição geográfica, o Brasil é um todo único. Não o separa nenhum lago interior, nenhum mar mediterrâneo. As montanhas que se erguem dentro dele, em vez de divisão, são fatores de unidade. Os seus rios prendem e aproximam as populações entre si, assim os que correm dentro do país como os que marcam fronteiras.
Por sua produção e por seu comércio, é o Brasil um dos raros países que se bastam em si mesmos, que podem prover ao sustento e assegurar a existência de seus filhos. De norte a sul e de leste a oeste, os brasileiros falam a mesma língua quase sem variações dialetais. Nenhuma memória de outros idiomas subjacentes na sua formação perturba a unidade íntima da consciência do brasileiro na enunciação e na comunicação do seu pensamento e do seu sentimento. (Gilberto Amado, Três livros)
TEXTO ARGUMENTATIVO
Já o texto argumentativo , diferente do texto dissertativo procura-se formar a opinião do leitor ou ouvinte, objetivando convencê-lo de que a razão (o discernimento, o bom senso, o juízo) está com o ponto de vista defendido, de que o texto está de posse da verdade.
O raciocínio argumentativo implica, primeiramente, a existência de uma tese, admitida supostamente, sobre um dado tema. Sobre o pano de fundo dessa tese, são propostos dados novos, que são objetos de inferências, que orientam para uma conclusão ou nova tese.
A grande questão envolvendo a argumentação é sua consistência, sua fundamentação. Os estudos clássicos defendem que a argumentação é fundamentada em dois elementos principais: a consistência do raciocínio e a evidência das provas.
Há cinco tipos mais comuns de evidência das provas:
- os fatos;
- os exemplos;
- as ilustrações;
- os dados estatísticos;
- o testemunho.
Como exemplo desse tipo textual:

TEXTO INJUNTIVO
O tipo textual instrucional ou injuntivo é muito comum em no dia a dia.
Muito comum em programas culinários em que o(a) apresentador(a) lista os ingredientes e dá orientações sobre como o preparo do prato deve ser feito. Ao dar orientações, o(a) apresentador(a) ensinou o espectador a realizar uma tarefa. Essa é a propriedade básica desse tipo textual: ensinar/ orientar/ instruir o leitor/ouvinte/espectador a realizar uma tarefa.
Os principais gêneros que se organizam no tipo textual instrucional (ou injuntivo) são os seguintes: receita culinária, manual de instruções, bula de remédio, regras de jogo, roteiro de viagem, mapas.
Linguisticamente, o tipo textual instrucional (ou injuntivo) organiza-se da
seguinte forma:
- PRIMEIRA PARTE: lista que denomina as partes que compõem o objeto, o aparelho, os ingredientes de um prato etc.
- SEGUNDA PARTE: instruções a serem seguidas; essas instruções são apresentadas em verbos no imperativo ou no infinitivo.
Como exemplo:
Massa de Panqueca Simples
Ingredientes:
1 ovo
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de leite
1 pitada de sal
1 colher de sopa de óleoModo de Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. A seguir, aqueça uma frigideira untada com um fio de óleo em fogo baixo.
Coloque um pouco da massa na frigideira não muito quente e esparrame de modo a cobrir todo o fundo e ficar só uma camada fina de massa.
Deixe igualar os dois lados, até que fiquem levemente douradas. Retire com a espátula, e sirva com o recheio de sua preferência.
Sugestão de recheio: carne moída, queijo e geleia.
TEXTO DIALOGAL
A estrutura de um diálogo é relativamente simples: o interlocutor 1 interage
verbalmente e, em seguida, o interlocutor 2 também interage. A interação do interlocutor 2 pode ser espontânea ou induzida. Na interação espontânea, o interlocutor concorda, complementa ou discorda em relação ao que é dito pelo interlocutor 1. Na interação induzida, o interlocutor 2 responde a uma pergunta realizada pelo interlocutor 1.
Para exemplificar:

GÊNEROS TEXTUAIS, POR SUA VEZ SÃO…
estruturas que se posicionam em funções sociais específicas e, por isso, ocorrem de acordo com a necessidade de interação e comunicação do ser humano, além das variações apresentadas pelos diferentes contextos de discurso. O uso dos gêneros é ativado sempre que um falante é inserido em algum tipo de situação comunicativa.
Conforme Bakhtin, cada esfera da atividade humana elabora um variado número de gêneros, que refletem as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas. Esses gêneros distinguem-se uns dos outros por seu conteúdo temático, estilo verbal e por sua construção composicional. Essas três dimensões, apesar de possuírem características específicas, fundem-se compondo o gênero. Portanto, são indissociáveis e não há predomínio de uma sobre a outra.
Tal variabilidade, de certa forma, impede a enumeração fixa dos tipos de gênero textual. No entanto, certas peculiaridades comuns facilitam seu agrupamento, como a característica inerente de tipos estáveis de enunciados, estruturas e conteúdos temáticos que facilitam sua definição.
Podemos citar alguns gêneros textuais e, inclusive, separá-los dentro de determinadas categorias de tipos textuais:
Gêneros textuais em textos narrativos:
- Conto
- Biografia
- Fábula
- Romance
- Lenda
- Novela
- Carta
Gêneros textuais em textos dissertativos:
- Resumo
- Resenha
- Reportagem
- Notícia
- Monografia
- Verbete de dicionário
- Cardápio
Gêneros textuais em textos descritivos:
- Diário
- Relato de viagem
Gêneros textuais em textos injuntivos:
- Receita
- Manual de instruções
- Regras de jogo
- Bula
- Lista de compras
Gêneros textuais em textos argumentativos:
- Artigo de opinião
- Crônica
- Editorial
- Carta (se endereçada à sociedade, como uma carta aberta)
Gêneros textuais em textos dialogais:
- Autos
- História em quadrinhos
- Tirinhas
ENTÃO, QUAL É A DIFERENÇA ENTRE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS??
A resposta é simples, enquanto os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abrangentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição, explicação e etc. Além disso, os tipos textuais apresentam estrutura definida e número limitado de possibilidades, de cinco a nove tipos.
Os gêneros textuais, por sua vez, apresentam maior diversidade e exercem funções sociais específicas. Ademais, são passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservando características preponderantes.

Além disso, é importante lembrar que os textos são predominantemente de um tipo textual. Isso porque pode haver, em um mesmo texto, uma narração, uma descrição e uma argumentação. O que determina a predominância é a função do texto: se a função é argumentar (defender um ponto de vista) e, para isso, faz-se uso de uma narração, o texto será predominantemente argumentativo.
POSTADO POR VALDETE FREITAS DE 05/10/2020 à 08/10
Saiba quais são os principais tipos de redação
- 25/out/2019
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Conteúdo
- 1 Quais são os principais tipos de redação?
- 2 Como é a redação dissertativo-argumentativa?
- 3 Qual tipo de redação praticar?
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Tempo de Leitura: 4 minutos
Não importa em qual graduação você pretenda ingressar, a capacidade de escrever bem, de forma clara e objetiva, faz toda a diferença. Por isso, conhecer os tipos de redação e saber como se expressar em cada um deles é um requisito indispensável para alcançar o sucesso.
Justamente por ser importante na faculdade e, também, na vida profissional, a redação é parte integrante dos vestibulares não só no Brasil, mas em todo o mundo. Ao obter uma boa nota nessa parte da prova, fica muito mais fácil conquistar a tão sonhada vaga no ensino superior.
Diante desses fatos, este artigo vai ajudar você a se familiarizar com os principais tipos de redação e, assim, começar a se preparar para garantir um excelente desempenho no vestibular. Então, continue conosco e tire as suas dúvidas sobre esse assunto tão relevante!
Quais são os principais tipos de redação?
Dentre as diversas categorias de texto existentes, algumas delas costumam ser mais cobradas nos processos seletivos das faculdades. A seguir, destacamos os 3 principais tipos de redação que você não pode deixar de conhecer.
Dissertativa
A dissertação é um modelo de texto que serve para expor ideias e pontos de vista sobre um determinado tema — nos vestibulares, esse tema normalmente envolve algo relevante para a sociedade. A depender da abordagem que o autor dá à redação, ela pode ser:
- dissertativo-argumentativa: quando há a apresentação de uma tese e o uso de argumentos para convencer o leitor;
- dissertativo-expositiva: quando não há a preocupação de convencer, mas apenas de discorrer sobre o tema, utilizando dados consistentes para informar o leitor.
Narrativa
O texto narrativo, ao contrário da dissertação, não tem, necessariamente, um compromisso com a realidade. Embora o formato possa ser usado para narrar eventos reais, costuma envolver personagens e ações fictícias, como nos romances, contos e fábulas.
Para construir uma narrativa, são usados os seguintes elementos:
- narrador: em primeira pessoa — chamado de narrador-personagem — ou em terceira pessoa;
- enredo: divide-se em apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho;
- personagens: podem ser principais — protagonistas e antagonistas — e secundários;
- tempo: cronológico ou psicológico;
- espaço: ambiente físico, psicológico ou social.
Descritiva
Usado para descrever algo ou alguém, esse tipo de redação tem o objetivo de criar uma espécie de retrato por meio das palavras. Para tanto, o autor parte da observação e das próprias impressões para reunir características físicas, como cores e dimensões, e psicológicas, como traços de personalidade, acerca do que precisa ser descrito.
Assim, como as dissertações, os textos descritivos podem ser construídos a partir de diferentes abordagens. São elas:
- descrição objetiva: o texto foca em indicar características concretas, sem fazer juízo de valor, como nas descrições encontradas em dicionários;
- descrição subjetiva: nesse caso, o autor é livre para incluir impressões pessoais. Um exemplo disso são os textos literários.
Como é a redação dissertativo-argumentativa?
Embora vários tipos de redação possam ser adotados pelas instituições de ensino, o texto dissertativo-argumentativo certamente é o que aparece com mais frequência. Além disso, é o modelo adotado pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que pode ser considerado o maior vestibular do nosso país, uma vez que é utilizado como critério de seleção tanto por faculdades particulares quanto por públicas.
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Por esse motivo, vale a pena dar uma maior atenção às características desse tipo de texto. Confira, a seguir, a estrutura exigida em uma redação dissertativo-argumentativa.
Introdução
Ponto de partida do texto, a introdução apresenta a tese que será defendida no restante da redação. Com linguagem clara e objetiva, você deve falar brevemente sobre o tema, indicando qual linha de raciocínio vai adotar na argumentação que se seguirá no desenvolvimento.
É importante começar com uma frase de impacto, que instigue o leitor a querer prosseguir com a leitura, e não se estender por mais do que um parágrafo. Também é fundamental prezar pelo uso da norma culta da língua portuguesa e evitar frases longas.
Desenvolvimento
Essa é a parte em que você vai articular ideias para formar argumentos e convencer o leitor do seu ponto de vista. Para um desenvolvimento claro e organizado, o ideal é apresentar um argumento por parágrafo, de modo que a extensão do texto vai depender de quantos argumentos forem expostos.
Como o desenvolvimento é dividido em vários parágrafos, é imprescindível que haja uma ligação entre eles. Ainda que foquem em ideias diferentes, o leitor precisa perceber que uma complementa a outra, conversando entre si e conduzindo o texto a uma única direção.
Conclusão
Depois do desenvolvimento, a redação dissertativo-argumentativa deve ser encerrada com um parágrafo de conclusão que jamais pode incluir novos argumentos. O objetivo desse trecho é fazer um breve apanhado geral do que foi tratado e apresentar uma proposta de intervenção.
Requisito indispensável no Enem, a proposta de intervenção consiste em uma solução para o problema que foi discutido. Em relação a isso, vale ressaltar que a proposta não pode ser qualquer ideia vaga, mas sim uma solução viável e que leve em conta os Direitos Humanos.
Qual tipo de redação praticar?
Agora que você já conhece os tipos de redação mais solicitados nos vestibulares, deve estar se perguntando em qual deles deve focar mais para garantir um bom desempenho na prova, não é mesmo? Afinal, com tantos conteúdos para estudar, é importante saber aproveitar muito bem o tempo.
Nesse sentido, o primeiro passo é consultar o edital do vestibular que você vai prestar. Se for o Enem, a proposta de redação é, tradicionalmente, um texto dissertativo-argumentativo. Nos demais, contudo, o tipo pode variar, de modo que o ideal é buscar essa informação e direcionar os seus estudos para o modelo indicado em cada um deles.
Por fim, lembre-se de que, para se sair bem em qualquer um dos tipos de redação, é preciso não só conhecer suas características e estrutura, mas praticar bastante. Desse jeito, você vai melhorar a forma como articula as suas ideias e será capaz de desenvolver um excelente texto que vai contribuir para a conquista da sua vaga na graduação.
Quer mais uma dica para aprimorar a sua escrita e conseguir a aprovação no vestibular? Leia também o nosso artigo que mostra 8 erros que você deve evitar para fazer uma boa redação e aprenda a escrever cada vez melhor!
POSTADO POR VALDETE FREITAS EM 06/10/2020
Conheça as escolas
literárias que marcaram a história do Brasil
·
03/18/2020
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As
escolas literárias são um dos assuntos que mais caem no Enem e em outros vestibulares.
Se
você está se preparando para fazer alguma dessas provas e quer passar no curso
e instituição que tanto deseja deve, sem dúvidas, incluir as escolas literárias
em seu cronograma de estudos.
Mas,
afinal, você sabe dizer quais são as escolas literárias e suas principais
características? Se você ainda tem dúvidas a respeito desse tema, basta seguir
na leitura para conferir um panorama breve da história das escolas literárias e
ainda as principais particularidades de cada uma delas. Vamos lá?
O que são as escolas literárias?
Quando
pensamos em escolas literárias, criamos uma imagem de escolas físicas distintas
entre si, onde os escritores vão para produzir obras com características
literárias específicas.
Porém,
escolas literárias nada tem a ver com essa ideia, elas são nada mais nada menos
que movimentos literários que aconteceram ao longo da história.
Esses
movimentos transcorreram em conjunto com uma série de fatores, como o estilo de
escrita da época, movimentos sociais pelos quais o mundo estava passando,
enfim, vários são os fatores que moldaram a literatura que hoje
conhecemos.
O
nome escolas literárias foi elegido para, de fato, dividir os
movimentos em épocas (que nem sempre possuem essa cisão tão aparente,
transitando de um estilo ao outro) e ensiná-los de maneira mais fácil e
didática.
É
importante mencionar que os movimentos literários acontecerem em conjunto com
as manifestações políticas e sociais da época à qual pertenceram, mas não podem
de maneira alguma ser diminuídos ou limitados à uma expressão da época. Na
verdade a literatura é um movimento artístico que ajudou a construir a história
de povos e nações.
As
escolas literárias aconteceram em todo o mundo, começando na Europa e
influenciando todo o mundo, inclusive o Brasil. A seguir vamos te mostrar quais
são as escolas literárias que ajudaram a construir a história do Brasil.
Quais são as escolas literárias que
marcaram a história do Brasil?
Os
historiadores e professores de literatura nacionais dividem as escolas
literárias que marcaram a história do Brasil em duas Eras: a
colonial e nacional.
Essa divisão é importante para entender, além dos movimentos literários, a
cultura de dominação sofrida pelo país à época da colonização.
Pois
bem, vamos a seguir te mostrar um pouquinho sobre as escolas literárias que
fazem parte da Era Colonial e da Era Nacional. Acompanhe!
Escolas literárias da Era Colonial
A Era
Colonial é marcada pela forte presença da cultura portuguesa no Brasil. Por isso,
a produção literária e outras vertentes artísticas ainda que produzidas no país
não tinham, propriamente, a nossa identidade.
A
obra que dá o pontapé inicial às escolas literárias brasileiras é a carta que
Pero Vaz de Caminha produziu ao chegar ao Brasil; ela marca a primeira escola
literária do país: o Quinhentismo. Conheça um pouco
das características dessa escola.
Quinhentismo
O
Quinhentismo aconteceu entre 1500 e 1601 e teve seu início com a carta de Pero
Vaz de Caminha, como mencionamos antes.
Foi
um movimento literário que possuía um estilo marcado por tipos textuais como
contos, crônicas, cartas e sermões. Foi produzido durante o período conhecido
como “descoberta” do país pelos portugueses e tinha o objetivo de informar à
Colônia como era a terra e os costumes do Brasil, possuindo um caráter
informativo e pedagógico.
Bom,
além dessa, a era colonial do Brasil ainda contou com mais duas escolas
literárias. Conheça-as a seguir:
Barroco
O
barroco aconteceu de 1601 a 1768 no Brasil. Esse movimento possui uma linguagem
culta, marcada pelo jogo de palavras e forte presença de metáforas e
antíteses.
O
movimento barroco é caracterizado pela tensão entre Antropocentrismo e Teocentrismo
e ainda conflitos existenciais, temáticas que aparecem em muitas obras
literárias da época.
É um
movimento que busca sempre pela riqueza de detalhes, pelo rebuscamento e pela
ornamentação exagerada, algo que pode ser notado também nas pinturas e
esculturas barrocas das cidades históricas brasileiras.
Arcadismo
O
arcadismo aconteceu entre 1768 a 1808 em nosso país e é marcado pela exaltação
à natureza. A linguagem dessa escola é bastante simples e tem a presença, ainda
que moderada, das figuras de linguagem.
É um
movimento que busca a conciliação entre o homem e os elementos da natureza. Há,
portanto, uma valorização da vida campestre e uma admiração pela simplicidade.
Agora
vamos conhecer as escolas literárias da era nacional.
Escolas literárias da Era Nacional
Essa
é uma Era marcada pela independência do Brasil e é caracterizada pela busca de
uma identidade nacional. As escolas dessa época procuraram criar uma estética
original, elevando e trazendo à tona as características culturais, sociais e
linguísticas do nosso país.
Além
disso, os movimentos dessa Era foram em busca de um desprendimento cultural da
antiga colônia portuguesa e de uma criação da autonomia literária brasileira.
Conheça as escolas literárias dessa época.
Romantismo
O
romantismo é o primeiro movimento que fez parte da era nacional brasileira. Ele
aconteceu entre 1836 e 1881.
Essa
escola literária é marcada pela subjetividade, individualidade, idealização do
objeto amado, descrições minuciosas e um excesso do uso da figuras de
linguagem: comparação e metáfora.
Realismo, Naturalismo e
Parnasianismo
Essas
três escolas aconteceram mais ou menos na mesma época aqui no Brasil, o que
corresponde ao espaço temporal que se inicia em 1881 e vai até 1922.
As
características do Realismo são, como o próprio nome sugere, voltadas
à realidade,
diferente do Romantismo, não há uma idealização da mulher amada.
Na
verdade, há objetividade nas temáticas tratadas nas obras realistas. Além
disso, os assuntos tratados possuem algum tipo de viés social. Um dos grandes
escritores brasileiros que fizeram parte do movimento realista foi Machado de
Assis.
O
Naturalismo é caracterizado por uma despreocupação com a moral. As obras, em
geral, possuem um caráter investigativo e uma cuidadosa análise de
comportamentos sociais.
Já o
Parnasianismo é marcado por um vocabulário rebuscado e por muito rigor formal,
são obras que buscam, demasiadamente, pela perfeição estética.
Simbolismo
O
Simbolismo aconteceu entre 1893 e 1910 aqui no Brasil e suas principais
características são o subjetivismo, a espiritualidade e o misticismo. A
estética das obras dessa escola é bastante baseada na musicalidade.
Pré-modernismo
O
Pré-Modernismo aconteceu entre 1910 e 1922 em nosso país e tem como principal
temática a marginalidade dos personagens. Essa escola literária escancarou alguns
dos problemas sociais brasileiros, dando início a um movimento de nacionalismo
crítico no Brasil.
Modernismo
A
escola literária modernista aconteceu entre 1922 e 1950 em nosso país e suas
principais características são: a renovação estética, o racionalismo, as
inovações linguísticas e as experimentações artísticas.
As
obras modernistas apresentam uma liberdade poética e, geralmente, abordam temas
do cotidiano.
Pós-modernismo
Considera-se
que a escola literária pós-modernista teve início aqui no Brasil em 1950 e
vigora até os dias atuais. Ela é marcada pela liberdade artística,
espontaneidade e uma mistura de vários outros estilos.
Todas
essas escolas literárias também fizeram parte da história de outras nações, mas
elas aconteceram nos países da Europa em épocas diferentes. A seguir vamos te
mostrar um pouquinho das escolas literárias no mundo.
Como as escolas literárias se
comportaram na Europa?
A
Europa é o berço ocidental da cultura e dos movimentos literários. Por isso,
todas as escolas literárias listadas acima surgiram muito antes no continente
europeu e só depois de algum tempo tiveram contato com o Brasil e foram sendo
modificadas e adaptadas à realidade nacional.
Nos
países europeus, como Portugal, os historiadores e professores de literatura
dividem as escolas literárias em quatro eras: Era Medieval, Era
Clássica, Era Romântica e Era Moderna.
A
Era Medieval contém as escolas literárias: Trovadorismo (caracterizada por uma
submissão à Igreja e ao senhor feudal) e Humanismo (caracterizada por um
questionamento ao dogmas religiosos). Essa Era durou mais de 3 séculos, o que
corresponde ao espaço temporal que vai de 1189 a 1527.
A
Era Clássica contém movimentos literários como Classicismo (caracterizado pelo
Antropocentrismo), Barroco e Arcadismo, e teve início em 1527, chegando ao fim
em 1825.
A
Era Moderna, por fim, abarca as escolas literárias: Romantismo, Realismo,
Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo e Modernismo. Ela teve início em 1825 e
perdura até os dias atuais.
E
aí, curtiu conhecer mais sobre as escolas literárias? Se você quer saber mais conteúdos relacionados à literatura, que
tal dar uma lida em nosso artigo sobre gêneros literários? Esses são assuntos que muito provavelmente cairão em sua
prova de Linguagens do Enem!
.Escolas Literárias no Brasil desde 1500: resumo Enem e Vestibular
Quinhentismo, Barroco, Arcadismo,
Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo e
Modernismo. Veja o resumão de todas as escolas no Brasil
É mesmo incrível. O
que chamamos de ‘Literatura Brasileira’ começou não com um brasileiro, mas com
um português: o nosso velho conhecido Pero Vaz de Caminha, que, com a Carta a
El-Rei D. Manuel, inaugurou série das Escolas Literárias no país. Isso
foi lá nos idos de 1500. Veja o resumo para o Vestibular e o Enem.
Sumário Ocultar
3 REALISMO – NATURALISMO – PARNASIANISMO
É o início da
história da nossa Literatura, que teve continuidade com as seguinte Escolas ou
Movimentos: Quinhentismo, Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo,
Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo e Modernismo. Quanta coisa, né!?
A Literatura
Brasileira é pra lá de rica e diversa, e faz parte dos
conteúdos cobrados no Enem e no Vestibular. Bora estudar?
Veja 10 modelos de Redação Enem nota 1000
Tudo começa em 1500, com a carta de
Pero Vaz de Caminha:
Sabemos que é melhor compreender os assuntos estudados a decorá-los. No
entanto, ter em mente as principais características e saber a que época
histórica as Escolas Literárias estão relacionada pode ajudar
você nas provas.
Na origem da produção brasileira está o primeiro documento ‘made in
Brazil’, que foi a Carta de Pero Vaz de Caminha. Ele era o Escrivão português
que acompanhava Pedro Álvares Cabral, e fez o relato da descoberta enviado ao
Rei Dom Manuel.Você consegue entender melhor qual
o contexto das obras que estiver lendo ou que estiverem citadas nas questões
das prova com as informações desta aula, que registram a época e as
características de cada movimento literário.
E você poderá relacionar mais facilmente as obras literárias com os
fatos sociais. Isto costuma ser sobrado nas questões de Literatura.
O
QUINHENTISMO
Início: A Carta de Caminha
Contexto histórico: Os portugueses e dos primeiros jesuítas ao
Brasil.
Característica: Literatura documental, histórica, de caráter informativo.
O Quinhentismo
serviu de inspiração literária para alguns poetas e escritores do Romantismo
(Gonçalves Dias e José de Alencar) e do Modernismo (Oswald de Andrade).A Carta de Caminha
é o primeiro documento literário brasileiro. Carta descritiva com espírito
ufanista (patriotismo, enaltecer o próprio país) e nativista. Foi parodiada de
forma satírica por Oswald de Andrade, poeta modernista. Veja as
referências do período:
Destacaram-se no Quinhentismo:
– Pero Vaz
de Caminha – A Carta de Caminha
– Padre José de Anchieta – escreveu textos religiosos, um
teatro religioso. Tinha devoção ao culto mariano. Recebeu influência da
tradição medieval. Obs.: Não recebeu influência da poesia lírica de Camões
(soneto).
– Padre
Manuel da Nóbrega – Foi o chefe da primeira missão dos Jesuítas na
América. Escreveu relatos aos superiores, e que se tornaram textos da
Literatura do Quinhentismo.
Veja aqui uma aula completa e a seguir teste
seu nível um Simulado Especial sobre o Quinhentismo:Veja no Simulado sobre o Quinhentismo dez questões
objetivas para você responder agora. Se você não acertar, o sistema mostra
aulas de revisão gratuitas para você.
Muitas pessoas
‘pulam’ o estudo do Quinhentismo porque imaginam ser uma época muito distante,
lá no descobrimento do Brasil. Mas, há boa literatura portuguesa
no estilo de Pero Vaz de Caminha, há boa escrita nos relatos dos navegadores,
e, principalmente, há boa literatura nas obras dos padres que acompanharam as
esquadras dos descobridores e que aportaram em terra firme na tentativa de
converter os indígenas para o cristianismo. vale uma leitura, sim.
O
BARROCO
Início: Prosopopeia – poema épico de Bento Teixeira
Contexto histórico: As invasões holandesas no Brasil e época
dos bandeirantes
Frequência das antíteses e paradoxos, fugacidade do tempo e incerteza da
vida.
.
Características do Barroco no Brasil : rebuscamento, virtuosismo,
ornamentação exagerada, jogo sutil de palavras e ideias, ousadia de metáforas e
associações. Cultismo ou Gongorismo: abuso de metáforas, hipérboles
e antíteses. Obsessão pela linguagem culta, jogo de palavras. Conceptismo
(Quevedo): jogo de ideias, pesquisa e essência íntima.
Simulado Enem Gratuito - Teste seu nível
Destacaram-se
no Barroco brasileiro:
– Gregório de Matos Guerra – apelidado de “Boca do
Inferno”. Oscilou entre o sagrado e o profano. Poeta lírico, satírico,
reflexivo, filosófico, sacro, encomiástico, obsceno. Não foi poeta épico.
– Bento Teixeira
– Padre Antonio Vieira – Expoente máximo da Literatura
Brasileira e da Literatura Portuguesa tambem. Ele representa os dois países
porque durante sua estada em Portugal aderiu a temas nacionais portugueses.
Aula gratuita sobre
O Barroco no Brasil:
Veja com a
professora Camila Zuchetto, do canal Curso Enem Gratuito, um resumo online
rápido e simples para você compreender a chegada do Barroco no país.
Muito boa esta
aula-resumo da professora Camila. Agora, veja o grande personagem que foi o
Padre Antônio Vieira:
Quando o Padre Vieira viveu no Brasil produziu intensamente sobre temas
das terras recém ocupadas.O Padre Antônio Vieira aderiu a
temas nacionais brasileiros. Era prosador e não poeta, e conceptista, pois
atacou o cultismo.
Escreveu sermões e outras obras que se tornaram clássicas. Destaques
para O Sermão da Sexagésima, e O Sermão do Bom Ladrão. Nesta obra ele fez duras
críticas contra a corrupção dos membros da elite, da Aristocracia da época e
dos administradores por delegação dos reis. Veja só que texto primoroso contra
a corrupção:
Trecho de O Sermão do Bom Ladrão:
Suponho finalmente
que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e
vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua
miséria, ou escusa, ou alivia o seu pecado, como diz Salomão. O ladrão que furta para comer, não
vai, nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são
outros ladrões, de maior calibre e de mais alta esfera, os quais debaixo do
mesmo nome e do mesmo predicamento, distingue muito bem São Basílio Magno.
Não são só ladrões,
diz o santo, os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes
colher a roupa: os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título
são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das
províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com
força, roubam e despojam os povos.— Os outros ladrões roubam um homem:
estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes sem
temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e
enforcam.
O
ARCADISMO
Início: Publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, obra
inicial do Arcadismo brasileiro.
Contexto histórico: Inconfidência Mineira, Revolução
Farroupilha e a vinda da Família Real para o Brasil.
Características do Arcadismo: Pastoralismo, bucolismo. Ideal de
vida simples, junto à natureza . Carpe diem (“aproveite o dia”). Consciência da
fugacidade do tempo. Simplicidade, clareza e equilíbrio. Emprego moderado de
figuras de linguagem. Natureza racional (é vista como um cenário, como uma
fotografia, como um pano de fundo. Pseudônimos. Fingimento / Artificialismo.
Resumo Gratuito
sobre o Arcadismo: Veja com a professora Camila Zuchetto uma aula completa com o que você
precisa aprender sobre o Arcadismo:
Destacaram-se
no Arcadismo:
– Tomás Antonio Gonzaga – poeta maior do Arcadismo
brasileiro com suas liras Marília de Dirceu. Pseudônimo como poeta lírico:
Dirceu; pseudônimo como poeta satírico: Critilo (Cartas Chilenas). Autores
épicos do Arcadismo brasileiro:
– Cláudio Manuel da Costa – Poeta lírico e épico. Seu
pseudônimo é Glaudeste Satúrnio. Seus sonetos são de imitação Camoniana. Obra:
Vila Rica.
– Basílio da Gama – Obra: O Uraguai.
– Santa Rita Durão – Obra: Caramuru. Obs.: O índio antes de
José de Alencar aparece nos poemas épicos O Uraguai e Caramuru. Portanto, o
Arcadismo preparou o Romantismo.
Veja na imagem aula
gratuita sobre O Arcadismo, com resumo completo e aula em vídeo com revisão
online:
O
ROMANTISMO
Início: publicação de Suspiros Poéticos, de Gonçalves de Magalhães
Contexto histórico: Surgimento da Imprensa no Brasil. A
crise do 2º Reinado e a abolição da escravidão.
Características do Romantismo: Predomínio da emoção, do sentimento
(subjetivismo); evasão ou escapismo (fuga à realidade). Nacionalismo,
religiosidade, ilogismo, idealização da mulher, amor platônico. Liberdade de
criação e despreocupação com a forma; predomínio da metáfora.
Aula Gratuita sobre
o Romantismo: veja um resumo simples e rápido com tudo o que você precisa saber
sobre O Romantismo no Brasil. É do canal Curso Enem Gratuito:
Conferiu os aspectos
gerais do Romantismo? Muito bom este resumo. Se você quiser se aprofundar em
mais aulas sobre este movimento literário, veja A
Primeira Fase do Romantismo;
1ª geração
romântica: 1840/50 – indianista ou nacionalista. A temática era o índio, a pátria. Destacou-se: Gonçalves
Dias – Obras: Canção do Exílio e I Juca Pirama.
2ª geração romântica: 1850/60 – byroniana (idealismo e
melancolia), mal-do-século, individualista ou ultra-romântica. A temática era a
morte.
Destacou-se: Álvares de Azevedo – poeta da dúvida. Tinha obsessão pela
morte. Recebeu influência de Byron e Shakespeare. Oscila entre a realidade e a
fantasia. Obra: Livro de contos Noite na taverna.
3ª geração romântica: 1860/70 – condoreira, social ou
hugoana. A temática é a abolição e a república. Destacaram-se: Poesia: Castro
Alves – poeta representante da burguesia liberal. Obras: Espumas Flutuantes, O
Navio Negreiro, Vozes d’África.
Prosa: José de Alencar (representante maior) – defensor do
“falar brasileiro” / dá forma ao herói / amalgamando a sua vida à natureza.
-Joaquim Manuel de Macedo – Obra: A Moreninha.
– Bernardo Guimarães – Obra: A escrava Isaura.
– Manuel Antônio de Almeida – Obra: Memórias de um sargento de milícias.
Veja na imagem uma
revisão completa sobre o Romantismo no Brasil:
Modalidades do
Romantismo: Romance de folhetim – Teixeira e Sousa, O filho do
pescador.
Romance urbano – Joaquim Manuel de
Macedo, A Moreninha.
Romance regionalista: Bernardo Guimarães, O ermitão de Muquém.
Romance indianista e histórico – José de Alencar, O Guarani.
REALISMO – NATURALISMO – PARNASIANISMO
Ocorreram simultaneamente, tendo como contexto histórico a
Proclamação da República e A Primeira República.
REALISMO
Início: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, publicado em 1881.
Características do Realismo: Literatura de combate social, crítica à
burguesia, ao adultério e ao clero. Análise psicológica dos
personagens. Objetividade, temas contemporâneos.
Destacou-se no Realismo: Machado de Assis – trilogia: Memórias
Póstumas de Brás Cubas (narrado em 1ª pessoa); Quincas Borba (“ao vencedor as
batatas”); Dom Casmurro (narrado em 1ª pessoa – enigma de traição).
Aula Gratuita sobre o Realismo &
Machado de Assis
Machado é
considerado o principal expoente do Realismo no Brasil. Ele conseguiu retratar
o fim do Império e o começo da República através de personagens e costumes da
vida no Rio de Janeiro com muita ironia e sagacidade. É um clássico.
Veja com a
professora Camila Zuchetto os destaques de Machado de Assis para você mandar
bem no Enem, no Encceja e nos vestibulares:
Genial esta aula da
Camila Zuchetto. Vale a pena assistir, porque a gente aprende mesmo.
NATURALISMO
Início: O Mulato, de Aluísio Azevedo
Características: Desdobramento do Realismo. Escritores
naturalistas retratam pessoas marginalizadas pela sociedade. O
Naturalismo é fruto da experiência. Análise biológica e patológica
das personagens. Determinismo acentuado. As personagens
são compradas aos animais (zoomorfismo).
Aula Gratuita sobre o Naturalismo:
Destacaram-se como autores no naturalismo: – Aluísio Azevedo –
Obras: O Mulato; O Cortiço (romance social, personagem principal do romance é o
próprio cortiço).
– Raul Pompéia – Obra: O Ateneu.
O
PARNASIANISMO
Início: Fanfarras, de Teófilo Dias, em 1882
Contexto histórico: Contemporâneo do Realismo – Naturalismo
Características do Parnasianismo: Estilo especificamente poético,
desenvolveu-se junto com o Realismo – Naturalismo. A maior
preocupação dos poetas parnasianos é com o fazer poético. Arte pela
arte. Poesia descritiva sem conteúdo; vocabulário nobre;
objetividade.
Os poetas parnasianos são considerados “os mestres do passado”. Por suas
manias de precisão foram criticados severamente pelos poetas do 1º Tempo
Modernista.
Destacou-se: Olavo Bilac (poeta representante) – Profissão de Fé.
O
SIMBOLISMO
Início: Missal e Broquéis, de Cruz e Souza
Contexto histórico: Fundação da Academia Brasileira de Letras
Origem: a poesia de Baudelaire.
Características do Simbolismo: desmistificação da poesia, sinestesia,
musicalidade, preferência pela cor branca, sensualismo, dor e revolta.
Resumo Gratuito
sobre o Simbolismo: Confira com a professora Camila Zuchetto nesta síntese poética
online:
Destacou-se no Simbolismo: Cruz e Souza (poeta representante) –
Obra: Missal e Broquéis.
Dica do Blog: Literatura: Revisão sobre o Simbolismo – Aula Grátis: https://blogdoenem.com.br/literatura-simbolismo/
O PRÉ-MODERNISMO
Início: Os Sertões, Euclides da Cunha; Canaã, Graça Aranha
Contexto histórico: Guerra do Contestado. A Revolta dos 18 do
Forte de Copacabana. A revolta da Vacina.
Características: Convivem juntas duas tendências: 1. Conservadora:
sobrevivência da mentalidade positivista, agnóstica e liberal.
Destacou-se: Euclides da Cunha – Obra: Os Sertões (miséria e
subdesenvolvimento nordestino). 2. Renovadora: incorporação de aspectos da
realidade brasileira.
Destacaram-se: – Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma (a vida urbana e
as transformações de início de século).
– Monteiro Lobato – livro de contos Urupês (a miséria do caboclo, a decadência
da cultura cafeeira). Obs.: Foi Monteiro Lobato quem criticou a exposição da
pintora Anita Malfatti, chamando-a de “Paranóia ou Mistificação”.
– Graça Aranha, Canaã (imigração além do Espírito Santo).
Poeta representante: Augusto dos Anjos – Obra: Eu e outras poesias.
Veja na imagem aula
gratuita completa sobre o Primeiro Momento Modernista no Brasil:
O MODERNISMO
PRIMEIRA FASE
Início: Semana de Arte Moderna de 1922
Contexto histórico: Fundação do Partido Comunista Brasileiro. O
Tenentismo, movimento liderado por jovens militares em contestação ao poder das
Oligarquias e contra a corrupção em geral. Em 1930 os “Tenentes” chegam ao poder
com Getúlio Vargas.
Características: Poesia nacionalista. Espírito irreverente,
polêmico e destruidor, movimento contra. Anarquismo, luta contra o
tradicionalismo; paródia, humor. Liberdade de estética. Verso livre sem uso da
métrica. Linguagem coloquial.
Veja a Semana de Arte Moderna e as
raízes do Modernismo:
Destacaram-se
no Modernismo no Brasil:
– Mário de Andrade – Obra: Pauliceia desvairada (Prefácio
Interessantíssimo)
– Oswald de Andrade – Obra: Manifesto antropofágico / Pau-Brasil
– Manuel Bandeira – Obra: Libertinagem
Dica do Blog – Revisão completa sobre a Literatura do Modernismo: https://blogdoenem.com.br/literatura-enem-modernismo/
SEGUNDA FASE
Contexto histórico: A Era Vargas. Lampião e o cangaço no sertão
Características: Destaca-se a prosa regionalista nordestina (prosa
neo-realista e neo-naturalista).
Representantes da Segunda Fase:
– Graciliano Ramos – representante maior, criador do romance psicológico
nordestino – Obras: Vidas Secas; São Bernardo.
– Jorge Amado – Obras: Mar Morto; Capitães da Areia.
– José Lins do Rego – Obras: Menino de Engenho; Fogo Morto.
– Rachel de Queiroz – Obra: O Quinze.
– José Américo de Almeida – Obra: A Bagaceira
Veja na imagem aula
completa sobre Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz:
Poesia 30/45 – ruma para o universal.
Carlos Drummond de Andrade faz poesia de tensão ideológica.
Fases de Drummond: – Eu maior que o mundo – poema, humor, piada.
– Eu menor que o mundo – poesia de ação.
– Eu igual ao mundo – poesia metafísica.
Poetas espiritualistas: – Cecília Meireles – herdeira do
Simbolismo.
– Jorge de Lima – Invenção de Orpheu.
– Vinícius de Moraes – Soneto da Fidelidade.
Dica: Carlos
Drummond de Andrade é o autor que mais cai no Enem e nos Vestibulares. É
o autor do clássico ‘No meio do Caminho tinha uma pedra / Tinha uma
pedra no meio do caminho.‘ Veja na imagem aula completa sobre a poesia de
Drummond.
TERCEIRA FASE DO MODERNISMO
Contexto histórico: A Redemocratização do Brasil. A
ditadura militar no Brasil. Continua predominando a prosa.
Representantes: – Guimarães Rosa – Neologismo – Obra: Sagarana.
– Clarice Lispector – Introspectiva – Obra: Laços de Família, onde a autora
procura retratar o cotidiano monótono e sufocante da família burguesa
brasileira.
Confira um resumo simples e rápido
sobre Clarice Lispector:
A Poesia concreta: – João Cabral de
Melo Neto – poeta de poucas palavras. Obra de maior relevância literária: Morte
e Vida Severina. Tem intertextualidade com o teatro Vicentino.
Veja na imagem aula
completa sobre Clarice Lispector. Ela é conhecida como ‘A Autora
das Redes Sociais’. Veja por que nesta aula gratuita:
É muito importante estar atento ao contexto histórico em que a obra está
inserida. A literatura nada mais é que um registro social de uma época. Reflete
suas características e anseios. Por isso cada Escola Literária está
envolta por aspectos exclusivos.
Veja os movimentos literários com mais detalhes nas Apostilas
Gratuitas do Blog do Enem
Como responder às 5 perguntas mais famosas em entrevistas de emprego
por Maria Fernanda Alves em 28/12/18 220
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Algumas perguntas
são figurinhas repetidas em entrevistas de emprego, são perguntas
"coringa" que podem ser feitas para candidatos a uma vaga de estágio
ou gerência. Mesmo sendo famosas, essas perguntas podem desnortear muitos candidatos,
prejudicando o desempenho destes em uma entrevista de emprego.
Faça o Teste Vocacional gratuito do Quero Bolsa e
descubra qual é a profissão ideal para você!
Com minha experiência
de mais de cinco anos em Recrutamento & Seleção, tendo entrevistado
centenas de candidatos, afirmo que não existe resposta certa ou errada, mas é
preciso ficar atento a alguns detalhes que podem ser determinantes no seu
desempenho durante uma entrevista de emprego.
Organizei dicas bem
simples de como responder às 5 perguntas mais famosas em entrevistas de
emprego.
Veja também:
+ 4 modelos de currículo para baixar e preencher
+ 10 perguntas mais
comuns em uma entrevista de emprego
"Quais são seus defeitos?"
Muitas pessoas se
enrolam com essa questão, afinal não é fácil falar sobre características
negativas que podem colocar a perder a tão sonhada vaga de emprego.
Uma saída que muitos
buscam é falar sobre defeitos que também podem ser vistos como qualidades, tais
como perfeccionismo ou senso de urgência. Muitos entrevistadores, quando se
deparam com essas respostas desconfiando que são genéricas, acabam pedindo que
o candidato fale sobre outros defeitos, o que pode ser uma situação inesperada
e desconcertante.
Veja também: Como responder na entrevista de
emprego: quais são seus defeitos?
O ideal é que você
pense em algum comportamento seu que realmente seja prejudicial e, ao falar
sobre ele, fale também sobre como você encontrou uma solução para que os danos
desse comportamento seja pequeno em sua rotina. Por exemplo, eu sou uma pessoa
tímida, mas melhorei muito depois que comecei a fazer teatro.
Veja também: 9 opções de cursos para pessoas
tímidas
"Quais são suas qualidades?"
Não dê uma resposta
genérica e seja bem sincero, afinal, nesse momento da entrevista, você está
diante de uma oportunidade de destacar algumas de suas qualidades que são
relevantes para a vaga que está concorrendo.
Antes de ir para
uma entrevista de emprego, invista um tempo refletindo sobre suas qualidades e
pense quais delas são mais interessantes para a vaga que você está pleiteando.
Por exemplo: Para uma vaga comercial é interessante destacar a persuasão,
comunicação e empatia.
Veja também: RH: Saiba como responder quais são
suas qualidades e defeitos na entrevista de emprego
"Como você se imagina daqui a 5 anos?"
Ao fazer essa
pergunta, o entrevistador quer saber se o seu objetivo de vida é compatível com
os planos que a empresa tem a oferecer para quem ocupar o cargo oferecido.
Por exemplo, um
candidato está concorrendo a uma vaga que exige um grande investimento da
empresa em treinamento e, nesse momento da entrevista, diz que em cinco anos
pretende já estar cursando o MBA no exterior. Nesse cenário, o recrutador
poderá eliminar o candidato por conta dessa incompatibilidade.
Ao compartilhar os
seus objetivos para daqui cinco anos, compartilhe também como pretende
alcançá-los. É importante ser bem "pé no chão" na resposta,
evite falar de sonhos que você ainda não sabe bem como tornar realidade.
Modelos de Currículo
Gratuitos
"Fale um pouco sobre você"
O primeiro passo
para responder a essa questão é não se esquecer em momento algum que está sendo
avaliado. Aproveite essa oportunidade para mostrar sua habilidade em
comunicação, falando claramente, de forma consciente e organizada.
Escolha informações
relevantes de sua trajetória pessoal e profissional que complementem o
currículo enviado ao entrevistador. Cuidado ao compartilhar detalhes de
sua vida pessoal e atente-se para não falar desenfreadamente, você pode acabar
falando algo sem querer e ser prejudicado por conta disso.
Veja também: Como falar bem de si mesmo na
entrevista de emprego sem ser arrogante
"Você trabalha bem sob pressão?"
O imediatismo
vivenciado na era digital também influencia o mercado de trabalho e isso pode
levar algumas empresas, em determinadas situações, a trabalharem com prazos
curtos e constante pressão.
Simplesmente
responder "sim" a essa questão pode não ser suficiente para o
entrevistador, portanto compartilhe alguma situação em seu trabalho anterior em
que esteve sob pressão e desempenhou um bom trabalho. Caso não tenha
experiência profissional, vale também compartilhar situações vivenciadas na
faculdade.
Esperamos que
consiga conquistar o seu emprego dos sonhos e, para te ajudar, fiz uma lista
com outros textos que podem ser interessantes para você:
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Unip - Universidade Paulista
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Sá
·
Unicsul - Universidade Cruzeiro do
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Unopar - Universidade Norte do
Paraná
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Respostas: 19 dicas para mandar bem na primeira entrevista de emprego
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chamam para entrevistas de emprego? Veja 9 motivos
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você NÃO deve fazer em uma entrevista de emprego
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dar bem em uma entrevista de emprego de última hora
Ainda tem dúvidas
sobre como responder a essas perguntas? Deixe um comentário!
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