NOTÍCIAS,MANCHETES e REPORTAGENS 2021


MARÇO 2021

FIQUE POR DENTRO DE TUDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO.

"INFORMAÇÃO É PODER!"

PUBLICADO EM 15/03/2021 POR 
VALDETE FREITAS

LESTE DE MINAS

'Se tivessem agido, Vale do Aço não estaria à beira de colapso', diz médica

Para a infectologista Carmelinda Lobato se prefeituras locais tivessem tomado medidas mais rigorosas contra a COVID-19, região não estaria à beira do colapso

Tim Filho - Especial para o EM

 

11/03/2021 12:17 - atualizado 11/03/2021 12:48

COMPARTILHE

A médica infectologista Carmelinda Lobato pede aos prefeitos e gestores da saúde dos municípios do Vale do Aço, ações mais rigorosas para conter o avanço dos casos de COVID-19 na região(foto: Arquivo pessoal)

A médica infectologista Carmelinda Lobato pede aos prefeitos e gestores da saúde dos municípios do Vale do Aço, ações mais rigorosas para conter o avanço dos casos de COVID-19 na região(foto: Arquivo pessoal)

A situação crítica da COVID-19 no Vale do Aço precisa de uma atitude enérgica dos prefeitos da região. O alerta foi feito pela médica infectologista Carmelinda Lobato, servidora de carreira na Prefeitura de Ipatinga. 

 

Ela afirm que se as medidas restritivas para o enfrentamento da COVID-19 tivessem sido adotadas com rigor pelos prefeitos das cidades do Vale do Aço, desde o período das festas de fim de ano, a região não estaria à beira do colapso nos atendimentos das pessoas acometidas pela doença.

 

LEIA MAIS

·        09:32 - 11/03/2021COVID-19: Perto do colapso, Ipatinga exonera secretário municipal de Saúde

·        20:48 - 10/03/2021COVID-19: prefeitura de Coronel Fabriciano diz não à onda roxa

·        19:16 - 10/03/2021COVID-19: Governador Valadares mantém as restrições do Nível de Alerta Alto

“A COVID-19 não perdoa. A doença faz desabar qualquer serviço de saúde e isso é fato incontestável. As medidas restritivas, recomendadas em relatórios de análise técnica, se tivessem sido seguidas desde janeiro, de forma coordenada, não estaríamos nessa situação”, disse.

 

A médica lamentou a ausência de uma fiscalização rigorosa em relação ao uso de máscaras faciais, às aglomerações de pessoas em bares e restaurantes, nas festas clandestinas e em igrejas evangélicas. 

 

Continua depois da publicidade

PUBLICIDADE

“E o principal: a fiscalização com maior rigor em relação ao isolamento daqueles casos de pacientes positivos. Um colega citou que a pessoa que testou positivo sai de casa e anda pelo mundo afora como se nada tivesse acontecendo”, protestou.

 

Carmelinda lembrou que há vários dias os leitos UTI COVID-19 SUS apresentam 100% de ocupação em Ipatinga. Ressaltou que, apesar do quase colapso, nenhuma pessoa morreu por falta de assistência médica, graças ao socorro do Casu, centro hospitalar de Caratinga, que tem atendido pacientes do Vale do Aço.

 Resitência à onda roxa

 As medidas restritivas citadas pela médica infectologista, que se tornaram mais rigorosas na onda roxa do Plano Minas Consciente, do governo do estado, não são vistas com bons olhos pelos prefeitos do Vale do Aço.

 

Continue sempre bem informado.Assine o Estado de Minas

Em Coronel Fabriciano, o prefeito Marcos Vinicius da Silva Bizarro (PSDB), já declarou, com anuência do Comitê de Gestão de Crise do município e Enfrentamento à COVID-19, que não vai aderir ao lockdown previsto pela onda roxa. Disse que vai seguir o plano próprio, elaborado por equipe técnica do município.

 Em Santana do Paraíso, o prefeito Bruno Morato, presidente da Assembleia Metropolitana do Vale do Aço, que reúne as quatro maiores cidades da região (Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso), também se posicionou em relação à onda roxa.

 

Caso a onda roxa for decretada para o Vale do Aço, Morato disse que a sua Prefeitura tem a assessoria jurídica e o corpo técnico da Saúde para estudar se cabe recurso contra a essa medida ou não. 

 

“Mas a preocupação principal é com a saúde das pessoas, muito embora nós também tenhamos preocupação com a economia, que já está bem fragilizada em nossa cidade”

·        #médica infectologista

 

Após 14 anos, pesquisadores descobrem o que está formando uma "cauda" na Lua

 
Após 14 anos, pesquisadores descobrem o que está formando uma "cauda" na Lua

Após 14 anos, pesquisadores descobrem o que está formando uma "cauda" na Lua

Por Danielle Cassita | 08 de Março de 2021 às 22h00
 Juhasz Imre/Pexels

No fim da década de 1990, cientistas observaram que a Lua parecia ter uma formação semelhante à cauda de um cometa e um raio de partículas, mas ainda não estava claro o que estava por trás dessa "cauda", e menos ainda o que a deixava mais ou menos brilhante. Agora, após realizar observações por 14 anos, uma equipe de pesquisadores propõe que o fenômeno seja causado pelo impacto de meteoros.

A Universidade de Boston tem câmeras espalhadas pelo mundo para registrar imagens de auroras, e ocasionalmente elas flagram meteoros queimando na atmosfera terrestre. Assim, durante a chuva de meteoros Leônidas ocorrida em 1998, uma equipe de cientistas trabalhando com a câmera do Texas esperava ver sódio na atmosfera terrestre, mas observaram algo inesperado: após o pico do fenômeno, eles notaram que uma mancha de sódio ficou no céu por três noites.

Essa chuva de meteoros ocorre devido à passagem dos detritos de um cometa pela órbita da Terra (Imagem: Reprodução/Koen Miskotte)

Essa mancha ficava na parte da Terra que estava voltada para a direção oposta à do Sol, e ficava mais brilhante conforme a Lua nova se aproximava e desapareceu subitamente. Depois de outros trabalhos, incluindo modelos que simulavam a possível origem da mancha, uma equipe de cientistas da universidade concluiu que o que foi observado era uma espécie de “cauda de cometa” feita de sódio, que se estendia por pelo menos 800 mil km da Lua.

Como a Lua não tem uma atmosfera para protegê-la, ela está sempre exposta aos impactos de meteoritos. Quando essas rochas atingem a superfície lunar, elas fazem com que átomos de sódio sejam levados para a órbita, onde colidem com os fótons vindos do Sol. Com isso, eles são afastados da direção da nossa estrela, e formam essa estrutura semelhante a uma cauda — que, aliás, é bem difusa, então não há risco de partículas nos atingirem por aqui.

Quando a Lua nova se move entre a Terra e o Sol, essa cauda cobre o lado terrestre voltado para o Sol. Depois, a gravidade da Terra atrai o fluxo de sódio e o deixa na forma de um fluxo invisível ao olho nu, que se dispersa pela atmosfera da Terra e é emitido para o espaço no lado oposto do planeta. "Será que isso tem aplicações práticas? Provavelmente não", disse Baumgardner, autor principal do estudo.

Embora as chuvas de meteoros anuais possam coincidir com uma mancha lunar mais brilhante, isso não é uma regra, talvez porque os impactos dos meteoros não tenham sempre a energia necessária para liberar o sódio. Por outro lado, os impactos esporádicos têm relação mais forte com o brilho da mancha, e isso pode acontecer porque eles são mais massivos e rápidos, de modo que consigam liberar o material para uma órbita mais alta.

James O'Donoghue, cientista da agência espacial japonesa JAXA, acredita que, se um asteroide do tamanho certo atingir a Lua com a força adequada, ele pode liberar tanto sódio que, talvez, a “cauda” pudesse ser até vista a olho nu: “se você pudesse observá-la, seria uma mancha difusa de luz, com o tamanho das estrelas do Cinturão de Orion”, explica Baumgardner.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Journal of Geophysical Research: Planets.

Fonte: The New York Time


                PUBLICADO POR VALDETE FREITAS

                                         EM 26/03/2021

                                    CLICK NO LINK E ASSISTA:

                      SUPERENTENDENTE DO HOSPITAL MARCIO CUNHA FALA 

                             SOBRE O COLAPSO DA PANDEMIA EM IPATINGA

https://plantaopolicialipatinga.com.br/site/index.php/2021/03/25/em-video-superintendente-do-hmc-alerta-para-gravidade-da-pandemia/


ABRIL 2021
Publicado por Valdete Freitas
em 08/04/2021

Minas recebe vacinas e amplia imunização incluindo pessoas de 65 a 69 anos

Décima remessa contém 475.600 novas doses nesta que é a maior operação de vacinação da história de Minas Gerais

imagem de destaqueTaciane Ricci / BH Airport

DOWNLOAD DA IMAGEM 

  • ícone de compa

[RÁDIO] Minas recebe vacinas e amplia imunização incluindo pessoas de 65 a 69 anos

 

GALERIA

Minas recebe vacinas e amplia imunização incluindo pessoas de 65 a 69 anos

 

Minas Gerais recebeu, na manhã desta sexta-feira (26/3), mais uma leva de 116.600 doses da vacina AstraZeneca e 359.000 da CoronaVac, totalizando 475.600 doses. A expectativa, com esta remessa, é ampliar a vacinação para a população de idosos.

“Nesta próxima etapa, serão incluídas pessoas com 65 a 69 anos, ampliando o público vacinado. Serão imunizadas, também, as pessoas que residem em comunidades quilombolas e ribeirinhas. A vacinação do público de 70 a 74 anos também continua, com mais 22% desta faixa etária incluída, e também profissionais de Saúde”, explica a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Janaína Almeida. 

Os insumos desembarcaram no Aeroporto Internacional de Confins, às 6h50 e seguiram para a Central Estadual da Rede de Frio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), onde ficam armazenados em condições ideais de temperatura até serem distribuídos para as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do Estado. Ainda não foi divulgada a data desse envio.

Nesta remessa, permanece a orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI) de que todas as vacinas sejam utilizadas como dose 1, ampliando ainda mais o quantitativo da população protegida. Assim, a dose 2 da CoronaVac não ficará armazenada na Unidade Regional de Saúde; os municípios receberão toda a carga para aplicação imediata

Públicos prioritários

O Ministério da Saúde elencou entre os grupos prioritários desta décima etapa a população quilombola, os trabalhadores da Saúde, pessoas entre 70 a 74 anos e ampliou o total de idosos, abarcando também os que têm entre 65 e 69 anos.

Os imunizantes da AstraZeneca devem ser suficientes para atender 37% da população quilombola e 7% de pessoas entre 65 a 69 anos. Com a CoronaVac serão atendidos 22% dos idosos entre 70 e 74 anos, 23% das pessoas de 65 a 69 anos e mais 2% dos trabalhadores da Saúde.

A orientação do Estado é para que as prefeituras sigam as recomendações do PNI e apliquem as doses conforme público-alvo e respectivos quantitativos.

Vacinados

Em Minas, 1.138.136 pessoas já receberam a primeira dose contra a covid-19. Em relação à segunda dose, 443.528 já foram vacinadas, segundo dados do Painel Vacinômetro, que podem ser acessados em www.saude.mg.gov.br/coronavirus. As informações sobre o número de mineiros atendidos são atualizadas e publicadas diariamente nesse endereço.

Remessas recebidas

1ª remessa

577.480 doses da CoronaVac em 18/1/2021

2ª remessa

190.500 doses de AstraZeneca em 24/1/2021 

3ª remessa

87.600 doses da CoronaVac em 25/1/2021

4ª remessa

315.600 doses da CoronaVac em 7/2/2021 

5ª remessa

220.000 doses da AstraZeneca e 137.400 doses da CoronaVac em 23/2/2021

6ª remessa

285.200 doses da CoronaVac em 3/3/2021

7ª remessa

303.600 doses da CoronaVac em 9/3/2021

8ª remessa

509.800 doses de CoronaVac em 17/3/2021

9ª remessa

86.750 doses da AstraZeneca e 455.800 doses da CoronaVac em 20/3/2021 

10ª remessa

116.600 AstraZeneca e 359.000 Coronavac em 26/3/2021 

Total: 3.645.330 doses 

SE LIGA!


Doença misteriosa atinge mais de 40 pessoas no Canadá

Por Fidel Forato | 01 de Abril de 2021 às 17h15
 iLexx/Envato
Doença misteriosa atinge mais de 40 pessoas no Canadá

De acordo com as autoridades de saúde do Canadá, mais de 40 pessoas foram afetadas por uma doença cerebral misteriosa na província de New Brunswick, na região leste do país. As vítimas da condição neurológica potencialmente nova relatam mudanças de comportamento, dores inexplicáveis e alucinações.

Segundo a Dra. Jennifer Russell, diretora médica de saúde da província canadense, esta é "muito provavelmente uma nova doença". Durante uma entrevista no dia 18 de março, as autoridades de saúde pública explicaram que há pelo menos 43 casos dessa condição neurológica misteriosa em investigação no local, sendo que 35 já foram confirmados e outros oito ainda são suspeitos.

Canadenses investigam nova doença neurológica que já afetou mais de 40 pessoas (Imagem: Reprodução/Bret Kavanaugh/Unsplash)

Quais os sintomas da doença descoberta no Canadá?

De acordo com os relatos médicos, as pessoas afetadas pela doença misteriosa apresentam uma série de sintomas neurológicos, como mudanças de comportamento, distúrbios do sono, dores inexplicáveis, alucinações, problemas de coordenação e dores musculares. Segundo a Dra. Russell, os sintomas apresentam algumas semelhanças com a doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD). Esta é uma doença cerebral rara e fatal causada por príons — partículas de proteínas que atuam como agentes infecciosos e que costumam ser neurodegenerativas.

Na medicina, pesquisadores sabem que algumas doenças causadas por príons podem ser contraídas ao consumir o tecido cerebral de um indivíduo ou animal infectado, por exemplo. Inclusive, alguns relatos apontam para casos incomuns de pessoas que contraíram a doença após comer tecido infectado.

No entanto, a CJD e outras doenças causadas por príons foram descartadas pelos primeiros testes de laboratório. Dessa forma, a ideia é que esta seja uma doença completamente nova ou uma variante desconhecida das doenças causadas por príons. Isso potencialmente significa que é uma nova variante da doença do príon ou talvez uma doença completamente nova.

“Ainda não conseguimos encontrar um agente causador, exceto que tudo o que analisamos até agora sugere que se trata de uma exposição ambiental de algum tipo que é adquirida através de alimentos, água, ar, atividades profissionais ou de lazer", explica o neurologista Alier Marrero, membro de um hospital em Moncton e um dos responsáveis pela investigação. Nesse processo, estão em investigação substâncias encontradas em frutos do mar e uma neurotoxina produzida por algas marinhas.

Quem foi afetado pela doença neurológica até agora?

A misteriosa doença neurológica já afetou grupos de diferentes idades, incluindo jovens. Em comum, os casos estão concentrados geograficamente em dois pontos da província: na Península Acadiana, na porção nordeste da região; e na região de Moncton, no sudeste. A partir dessa centralização, os investigadores pensam que a causa da condição está relacionada a algum produto consumido localmente.

Até agora, nenhum outro caso foi encontrado fora da província, segundo especulam as autoridades locais. No entanto, suspeitas da doença já eram encontradas há anos na província, mas a informação não ganhava destaque. O primeiro caso dessa condição pode ter sido identificado ainda em 2015, só que os números aumentaram de forma considerável nos últimos anos. Em 2019, 11 supostos casos foram relatados e, em 2020, outros 24 relatos foram feitos sobre a nova condição neurológica. Agora, já são mais de 35, segundo as autoridades locais. 

Fonte: IFL Science  

                                                         MAIO DE 2021

                                PUBLICADO EM 11/05/2021

                                  POR VALDETE FREITAS

           Fotos da NASA provam que há vida em Marte, 

                                    afirmam cientistas


Crédito: Pixabay

Fotos mostram o que parecem ser fungos no Planeta Vermelho, provando, portanto, que Marte pode de fato ser o lar de algumas formas de vida. (Crédito: Pixabay)

Da redação

06/05/21 - 23h34 - Atualizado em 10/05/21 - 14h15

Fotos mostram o que parecem ser fungos no Planeta Vermelho, provando, portanto, que Marte pode de fato ser o lar de algumas formas de vida.

A teoria vem do microbiologista Dr. Xinli Wei, da Academia Chinesa de Ciências, do astrofísico Dr. Rudolph Schild, de Harvard-Smithsonian e do Dr. Rhawn Gabriel Joseph, após estudar as imagens do rover Curiosity da NASA. Eles apelidaram os espécimes de aparência estranha como um tipo de cogumelo, relata o MailOnline .

+ Elon Musk responde a NASA e diz que poderá salvar a Terra de colisão

Segundo os cientistas, este fungo muda e cresce junto com as estações de Marte, e acredita-se que cresça até 300 metros na primavera, mas desaparece quando o inverno chega.



+ Aceleradora de assessores - Banco cria série para formar profissionais que mais estão em falta no segmento.

A partir disso, os cientistas acreditam que isso ‘pode representar colônias maciças de fungos pretos, mofo, líquenes, algas, metanógenos e espécies redutoras de enxofre’.

Fungos mutáveis descobertos pela NASA em Marte

Fungos mutáveis descobertos pela NASA em Marte (Crédito:Reprodução/NASA)

A análise estatística comparativa descobriu que nove ‘espécimes esféricos’, que se acredita serem os chamados puffballs, emergiram do subsolo. Eles também se aproximaram com o tempo.

PlayvolumeTruvid00:19Ad

4

Embora semelhanças na morfologia não sejam prova de vida, crescimento, movimento e mudanças na forma e localização constituem o comportamento e apoiam a hipótese de que existe vida em Marte.

Com a descoberta do fungo em Marte, isso não apenas abriu a possibilidade de vida no planeta, mas também abriu a possibilidade de edifícios lá serem feitos a partir dele.

Veja também

          

                        A PROFISSÃO DO MOMENTO:

               DIGITAL INFUENCER

              MAS O QUE É SER UM INFLUENCER?


Digital influencers: afinal, o que é ser um influenciador nas redes?

Por Nathan Vieira | 20 de Abril de 2020 às 22h30
 Shutterstock

Se tem algo que consegue mostrar o quanto a ascensão das redes sociais revolucionou várias áreas da nossa vida. é o digital influencer. Essa carreira, relativamente nova no mercado, deixa claro que quando estamos falando de curtidas, comentários, visualizações, estamos falando do reflexo daquilo que a sociedade está acompanhando ou rejeitando.

No entanto, em meio a inúmeras publicações, tentativas de engajamento, parcerias, publiposts, fica o questionamento: o que, exatamente, é ser um influenciador? Como é a rotina que acompanha essa profissão? Com isso em mente, conversamos com alguns especialistas no assunto, visando entender melhor as verdades por trás da carreira de um digital influencer.

Mas pegando o termo em sua raiz: digital influencer (ou, traduzindo literalmente, influenciadores digitais), basicamente, é a pessoa que detém o poder de influência em um determinado grupo de pessoas. Esses profissionais das redes sociais impactam centenas e até milhares de seguidores, todos os dias, com o seu estilo de vida, opiniões e hábitos.

É válido apontar que a ascensão do digital influencer ocorre de maneira diretamente proporcional ao aumento do consumo de informação e produtos na internet. E as marcas têm aproveitado esse momento para estar mais presente e mais próxima ao consumidor. Na prática, o influencer impacta e conquista seguidores e fãs, através da produção de conteúdo, além de usar as mídias digitais (no caso, costumeiramente o Instagram, o Facebook, o YouTube ou até mesmo o blog) como meio para entregar a informação.

É o caso de Evelyn Regly, que ostenta 4,9 milhões seguidores no Instagram, e 4,42 milhões de inscritos em seu canal homônimo no YouTube. Uma vez questionada sobre como é a sensação de transformar o hobby em uma carreira, a influencer afirma: “Eu amo o que eu faço. Quando eu tinha 15 anos ficava fuçando o computador que meu pai me deu com muita dificuldade e aprendi a programar sozinha. Ali eu já sabia que queira trabalhar na área de informática, redes etc. Trabalhar online em tempo integral é um prazer. Eu amo”.

Apesar de amar o seu trabalho, Evelyn reconhece desafios. “Um ponto negativo é a exposição. Mesmo que você não queria, às vezes precisa se pronunciar sobre coisas da sua vida pessoal. Faz parte. Para mim, a maior dificuldade é se manter íntegro em um meio onde a opinião é vendida muito fácil. Eu tento ser o mais transparente possível quando vou dar a minha opinião, e se achar que não devo,nem dou.Afirma.

 nem dou”, afirma.

E em questão de exposição, a influencer conta que já passou por uma situação na qual uma briga com amiga, também influenciadora, se tornou pública e enquanto não se pronunciou, o público não parou de cobrar uma reação dela. “Isso é muito ruim, é uma pressão muito grande. Nem sempre você quer falar naquele momento, nem sempre você quer falar sobre. Mas relevei. Hoje tenho mais cuidado como o que exponho, inclusive as amizades”, acrescenta.

De acordo com Evelyn, a rotina de um influencer é verdadeiramente intensa. “Se não se policiar, você dorme e acorda trabalhando. Eu me pego pensando em conteúdo criativo para a minha audiência o dia todo. Acordo lendo os comentários, o que as pessoas estão pedindo para que eu fale ou faça (como resenha de produtos, bate-papo com temas específicos etc). Respondo cerca de 5 mil comentários por dia, pois é importante que a gente se mantenha próximo do público que tem um carinho por você”, revela.

No entanto, a rotina cansativa acaba gerando bons frutos, segundo ela: “É muito gratificante. Além disso, produzo fotos e vídeos diariamente, para diversas plataformas, além de produzir conteúdo publicitário. Não tenho hora para parar de trabalhar, trabalho até quando acordo na madrugada... por isso, tento me policiar”.

Influencers sob os olhos do mercado

No entanto, há muito sobre os influencers que não temos o costume de acompanhar. São os bastidores dessa carreira, propriamente dito. Primeiro, é possível observar que a ascensão dos influencers gerou impacto em várias áreas da indústria. Mais do que a gente imagina, na verdade.

“Hoje, quando se pensa no lançamento de qualquer produto ou serviço, um fator sempre levando em consideração é como ele será aceito na internet e nas redes sociais. Ou até mesmo a pesquisa de mercado para tal muitas vezes é feita, em grande parte, por meio da internet e das redes sociais. O que temos visto, fortemente, é que não somente os influencers, mas todos os internautas passaram a ser considerados com maior peso”, explica Thábata Mondoni, CEO da agência de comunicação Mondoni Press.

Thabata ressalta que o comportamento do consumidor mudou e estará em constante metamorfose com a internet, e as marcas que não se mantiverem antenadas perderão espaço e até mesmo a oportunidade de faturar muito mais: “Conectividade, interação e multiplataformas são as palavras da vez e devem estar presentes no dia a dia de qualquer negócio. Um produto, hoje, não é mais apenas um produto. Ele é um post futuro que expressa preferências e personalidades de cada indivíduo. Por isso, deve ser pensado, em todos os detalhes, no consumidor que está online”.

Mas e no caso de contratar um influencer? Como é que funciona? Bom, segundo Thábata, os primeiros pontos a definir são as ações estratégicas com esses influenciadores. Assim, a marca deve ter em mente se será uma ação pontual ou seguirá por um período determinado, se usará um ou mais influenciadores, qual a mensagem que a marca deseja que eles passem através de suas redes sociais e se eles vão atingir o público-alvo.

“Tenho visto muitas marcas grandes errarem com suas ações. Gastam muito dinheiro, fazem eventos caros, mas quando os influenciadores chegam, nada acontece e não gera conteúdo para eles. Postar somente por postar não gera resultado. Uma ação estratégica deve contar uma história e substituir aquele publipost forçado — que tem no feed de todo influenciador — por um conteúdo mais atraente e sugestivo”, explica a CEO.

De acordo com Thábata, outros pontos de atenção são identificar se esse influenciador realmente influencia e se ele possui coerência com a marca contratante. “Muitos influenciadores têm um grande número de seguidores, mas não engajam as pessoas. Aliás, hoje, ter muitos seguidores não define o poder de um influenciador. Já aqueles que engajam, mobilizam as pessoas, têm autoridade ao ponto de fazer os internautas experimentarem novos produtos e marcas, esses sim são considerados Influenciadores de verdade”, revela.

Quem compartilha de um ponto de vista semelhante é a influencer Ana Tex, especialista em Marketing Digital com foco no uso de ferramentas digitais para aumentar vendas e visibilidade. “O ideal para o influenciador conquistar os olhares das marcas é mostrar que ele tem uma audiência engajada. Então nos posts que ele faz, existem pessoas engajadas? Nas lives que ele faz, existem pessoas engajadas? Quando ele faz um evento, as pessoas comparecem? Ele consegue mobilizar pessoas? É isso o que as marcas querem, independente do tamanho. Não precisa ser um grande influenciador, mas mobilizar pessoas em torno de uma causa “, aponta.

De acordo com a CEO da Mondoni Press, depois do boom dos influencers com centenas de milhares de seguidores, que passaram a cobrar de R$ 15 mil a grandes montantes de dinheiro por publicações, muitas empresas passaram a apostar nos microinfluenciadores e nanoinfluenciadores (cerca de mil seguidores), que mais se aproximam com pessoas comuns, do dia a dia. Isso porque o público na internet tem buscado cada vez mais pessoas com a quais se identificam, que possuem um estilo de vida parecido.

Aliadas a essa tendência, surgem também novas possibilidades de ações como, por exemplo, usar uma verba que seria investida em apenas 1 ou 2 influenciadores, para contratar diversos em regiões estratégicas. Algumas marcas chegam a pagar entre R$ 200 e R$ 500 (mês), mais o envio do produto, para cada nanoinfluenciador. “A admiração e referência são importantes, mas é preciso gerar uma identificação real. O público precisa ver algo e entender que aquilo também é possível e acessível para ele. Caso contrário, o principal objetivo de toda ação de marketing não acontecerá: a venda”.

Engajamento

Uma palavra muito utilizada quando se trata de influencers é engajamento. Utilizada em diferentes contextos, é uma referência ao modo como alguém se relaciona com algo. No caso das redes sociais, que popularizaram o termo, é também uma forma de entender o modo como o público interage com as marcas. Mas como funciona isso?

Para Thiago Valadares, especialista em comportamento digital e sócio-diretor da Agência Hiro, o principal fator que leva a um bom engajamento é a frequência nos posts e na interação. “Tão importante quanto postar, interagir com seus fãs é primordial. Curtir os comentários, responder, comentar nas fotos dos outros, interagir nos stories, enfim, tenha o máximo de diálogo com seus fãs, mostre que você viu e que se importa. Manter uma boa frequência, postando constantemente, vai ajudar você a crescer no mundo digital”, aponta o profissional.

Segundo Ana, as estratégias de engajamento dependem de cada mídia, mas no Instagram, por exemplo, a ideia principal é fazer conteúdos que as pessoas salvem, comentem e compartilhem, e isso faz com que a comunidade comece a engajar. “Então sempre pensar em criar conteúdo para gerar uma comunidade e através de causas e coisas que as pessoas estão buscando na internet. Essa é uma das melhores formas de gerar engajamento”, orienta.

Por outro lado, Ana relembra aquilo que os influenciadores não devem fazer: “O que pode levar o influenciador a perder muitos seguidores é a falta de autenticidade, e quando ele se posiciona de uma forma que o público não compreende. Já vi casos de pessoas que têm um discurso de ser vegano e foram pegas comendo carne, por exemplo. Então há falta de consistência naquilo que entrega”.

Thiago inclui que algo que não funciona para um influenciador é a polêmica. “Muitos influenciadores, para crescer e ganhar notoriedade, escolhem esse caminho, gerando polêmica, debatendo com os fãs e criticando quando possível. Esta estratégia é velha, dá resultado, mas pode se tornar uma grande ameaça, e tudo que foi construído pode ser facilmente destruído, seja por denúncias (assim você pode perder a conta) ou por ganhar um rótulo que depois será difícil de tirar”, conta.

Para quem deseja se tornar um influencer, Thiago recomenda primeiramente a pessoa saber sobre o que quer falar, algo que goste, que tenha domínio, que consiga produzir conteúdos de qualidade. A escolha da segmentação é outro ponto. Uma dica apontada pelo especialista em comportamento digital é seguir influenciadores semelhantes, achar bons conteúdos para se inspirar.

Thiago também acredita que a melhor maneira de se destacar é mostrar que tem conteúdo de qualidade para aquele segmento. “Antes, existia a era dos “fãs”, quanto mais, melhor. Hoje, é a era da credibilidade. Ou seja: melhor você ter 10 mil seguidores que gostem de você, que pertençam a uma tribo, que saibam dos seus gostos e te acompanhem, do que ter 1 milhão de seguidores e 800 mil serem avulsos”. Qualidade e não quantidade. As marcas querem isso agora”, disserta.

Quanto ganha um influencer?

Agora tocamos em um assunto muito interessante: números. De acordo com Thábata, é justamente por quantidade de seguidores e acessos que o influencer faz a sua carreira. Ela conta que todo influenciador deve tem um media kit (material de apresentação) contendo todos os números possíveis, inclusive de engajamento e estatística de público-alvo.

Com isso em mente, um grande influenciador chega a cobrar a partir de R$ 10 mil por publicação, e essa é uma média que pode chegar a valores bem maiores. Já microinfluenciadores (com cerca de 20 mil seguidores) cobram na faixa de R$ 1 mil, uma média que também pode variar. E tem os nanoinfluenciadores que cobram a partir R$ 200. No entanto, há muitos que aceitam postar em troca do próprio produto. Tudo vai depender da negociação.

No entanto, transformar as redes sociais numa carreira também pode ser um trabalho árduo. “Fazer sua página render dinheiro não é uma tarefa tão fácil. Vai exigir uma dedicação diária, periodicidade nas publicações e presença constante nos stories até conquistar um público que se engaje na página. Após identificar que possui esse público, o próximo passo será se apresentar às marcas. Tudo isso demanda tempo, disponibilidade e investimento. Depois, sim, é possível rentabilizar via posts patrocinados, presença em eventos, recebimento de produtos, apostar em marketing de afiliado ou até mesmo lançar um produto exclusivo”, finaliza Thábata.

                                MAIO DE 2021

                PUBLICADO POR VALDETE FREITAS

                        EM 17/05/2021

CLICK E CONHEÇA A HISTÓRIA DE NOSSA CIDADE

História da formação de Ipatinga - 

cenário social e político – 



                                            JUNHO 2021

                            PUBLICADO POR VALDETE FREITAS 

                                            EM  07/06/2021


VEJA   O QUE A PANDEMIA ESTÁ PROVOCANDO E AINDA VAI PROVOCAR NA MENTE DO SER HUMANO DEVIDO AO ISOLAMENTO SOCIAL:


Pandemia criará tsunami de desmotivação e faltas ao trabalho, alerta psicóloga

  • Analía Llorente
  • BBC News Mundo
Elke Van Hoof

CRÉDITO,

KAROLY EFFENBERGER

Legenda da foto,

Elke Van Hoof é professora de psicologia da saúde na Universidade de Vrije, em Bruxelas, e especialista em estresse e trauma

"Há muitas reclamações de esgotamento porque achávamos que a pandemia seria uma corrida de velocidade, não uma maratona."

É assim que Elke Van Hoof, professora de Psicologia da Saúde na Universidade de Vrije, em Bruxelas, e especialista em estresse e trauma, define a pandemia do coronavírus.

Van Hoof conversou inicialmente com a BBC News Mundo quase um ano atrás, quando disse que o mundo viveria "o maior experimento psicológico da história", devido ao confinamento causado pela pandemia da covid-19. O resultado, porém, é que demonstramos "mais resiliência do que imaginávamos", agrega ela agora.

Mas a pesquisadora alerta que essa resiliência está em declínio e que o absenteísmo (falta de funcionários no trabalho) é esperado no longo prazo, embora ainda haja esperança de contê-lo.

Agora, a especialista, que também assessora o governo belga em questões psicológicas causadas pelo confinamento, analisa os efeitos do isolamento social na saúde mental das pessoas.

Abaixo, um resumo da entrevista com Elke Van Hoof.

Línea

BBC News Mundo - Quase um ano atrás, você disse que o confinamento seria o maior experimento psicológico da história e que pagaríamos o preço. Nós pagamos? Ainda estamos pagando?

Elke Van Hoof - Acho que uma das principais descobertas é que nós, como humanos, temos muito mais capacidade de resiliência do que imaginávamos.

Portanto, o que vemos na população em geral é que permanecemos firmes.

Claro, há muitas reclamações por cansaço porque todos pensávamos que a pandemia global seria uma corrida de velocidade e agora parece uma maratona sem fim.

Ilustração de mulher com máscara olhando pela janela

CRÉDITO,

CECILIA TOMBESI/GETTY

Legenda da foto,

Estamos todos nos exaurindo lentamente, e isso se mostra em pesquisas com queixas relacionadas ao estresse, diz pesquisadora

Estamos todos nos exaurindo lentamente e isso se mostra em pesquisas com queixas relacionadas ao estresse, incluindo sentimentos de depressão e ansiedade por causa do medo de possíveis problemas de longo prazo relacionados à covid-19 que as pessoas sentem.

Existem altos níveis de languidez (diminuição do ânimo). Mas quem está pagando um preço ainda maior são aqueles que tinham algum tipo de vulnerabilidade antes da pandemia. Seja porque tiveram um diagnóstico psiquiátrico ou outro problema, eles estão realmente sofrendo.

BBC - Como as pessoas responderam psicologicamente a um ano de pandemia?

Hoof - A população em geral continua firme.

Antes da pandemia, em 2019, vimos que 1 em cada 3 pessoas estava indo bem, e agora, em março de 2021, vemos que apenas 1 em cada 5 pessoas ainda pode ir bem. Isso significa que há uma redução na resiliência.

Mas também nos mantemos firmes porque as faltas ao trabalho ainda não estão aumentando, o que é surpreendente.

Em nossa pesquisa, vemos que existem mais fatores de risco que uma pessoa pode enfrentar quando sofre de algum tipo de transtorno relacionado ao estresse e doença de longa duração.

Os profissionais de saúde estão realmente pagando o preço de estar na linha de frente há mais de um ano. Mas não só porque estão lá, mas também porque não se sentem mais amparados pela população em geral, que tem dificuldade em manter as medidas, que podem ser bastante restritivas.

É de se esperar que todo mundo esteja começando a se cansar dessa pandemia global, mas os profissionais de saúde precisam continuar trabalhando duro, e não se sentem tão apoiados. Essa é uma carga emocional que aumenta a exaustão.

Existem outros fatores de risco: as pessoas temem a covid-19. Falamos, por exemplo, de pais solteiros e de pessoas que possuem sistemas familiares complexos, além daqueles que já tiveram algum tipo de diagnóstico psicológico ou psiquiátrico prévio.

Também tendemos a ver que, quanto mais fatores de risco uma pessoa tem, maior a chance de ela sofrer de transtornos relacionados ao estresse e ter experiências traumáticas, mesmo a longo prazo.

Nosso conselho é que devemos abordar os fatores de risco porque eles são o que chamamos de cumulativos e multiplicativos. Por isso, é importante detectá-los e gerenciá-los.

Então, se você me perguntar, estamos pagando um preço? Sim, estamos e há mais por vir, porque ainda estamos na pandemia.

O que expliquei há um ano é que haverá alguns problemas de resposta tardia que ainda não são visíveis, mas eles virão.

Embora haja alguns sinais de alerta, eles ainda são bastante controláveis ​​no momento, mas sabemos disso por experiências anteriores.

Por exemplo, uma grande crise econômica no início dos anos 2000 nos mostrou que a resposta tardia é inevitável e que ainda não aconteceu.

BBC - Quais seriam essas respostas tardias que ainda podemos enfrentar?

Hoof - Acredito que um dos principais problemas que esperamos é a falta ao trabalho a longo prazo.

Elke Van Hoof

CRÉDITO,

KOEN BAUTERS

Legenda da foto,

"Esta pandemia é tratada de uma perspectiva médica muito mais do que de uma perspectiva de saúde mental e isso vai gerar um custo", disse Elke Van Hoof

As pessoas cairão devido ao esgotamento e transtornos relacionados ao estresse, que chamamos de languidez ou esgotamento do coronavírus (coronavirus burnout), em alguns países.

As empresas também estão sofrendo com isso. Estão ficando sem maneiras criativas de inspirar as pessoas novamente e recarregar sua resiliência para enfrentar aquele enorme aumento do absenteísmo que vimos no passado e que sabemos que vai acontecer novamente.

Mas já que sabemos que isso acontecerá, há esperança. Podemos antecipar esse tsunami de faltas ao trabalho.

Meu conselho para as empresas é que se preparem para quando as pessoas começarem a se ausentar por longos prazos.

Certifique-se de ter um plano de respaldo para manter a continuidade do trabalho, mas também que você já criou um bom plano de retorno ao trabalho. Porque vemos na pesquisa que, a nível social, se existem políticas que incluem um retorno sólido ao trabalho, há menos absenteísmo no trabalho após uma crise.

Agora é a hora de investir em uma política de retorno ao trabalho muito boa, a fim de estar preparado para aquela ausência prolongada que aparecerá em todos os lugares.

BBC - O que aprendemos sobre nossa saúde mental neste momento especial e crítico de nossas vidas?

Hoof- Acredito que a saúde mental ainda seja considerada um luxo, uma mercadoria para poucos.

Se eu analisar a gestão global desta pandemia, ainda sinto que não estamos tratando da saúde mental como deveríamos.

As pessoas estão sofrendo para manter as medidas rígidas que todos devemos seguir para vencer e enfrentar esta pandemia. Claro, isso reduz a motivação delas.

Mas isso também se deve ao fato de que não estamos lidando com saúde mental. Não estamos investindo em inspirar as pessoas a tentarem dar-lhes ferramentas para manter sua saúde mental.

Para mim, a ideia mais importante de um ano neste enorme experimento psicológico, é que pensei que já estávamos entrando em um modelo biopsicossocial de abordagem de problemas. Mas acho que não.

Esta pandemia é tratada de uma perspectiva médica muito mais do que de uma perspectiva de saúde mental e isso vai nos custar caro.

BBC - Que oportunidades a pandemia nos oferece?

Hoof - A maior oportunidade é dar importância à saúde mental e também enfatizar a efetiva qualidade de vida.

O lado positivo está no fato de que sempre podemos mudar a maneira como lidamos com essa pandemia.

Acho que também podemos refletir sobre como queremos que seja o futuro.

Já estamos fartos, mas se conseguirmos manter essa flexibilidade do home office, temos uma grande oportunidade de termos uma sociedade muito mais inclusiva.

Ilustração de uma mãe e um filho durante o ensino doméstico

CRÉDITO,

CECILIA TOMBESI/GETTY

Legenda da foto,

Pesquisadora aponta que alguns países ainda estão vendo a saúde mental como um luxo, como um bem para quando têm tempo de sobra

Existe a oportunidade de uma maior participação das pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo essas pessoas que estão em casa há muito tempo.

Vejo muitas oportunidades para definir esse grande "Novo Mundo", em que todos queremos viver. Mas também vejo sinais de que alguns países não estão levando isso muito a sério.

Eles ainda estão vendo a saúde mental como um luxo, como um bem para quando têm tempo de sobra, e não acho que seja um bom caminho a seguir.

BBC - Há algo positivo com que você, como psicóloga, tenha se surpreendido neste ano?

Hoof - Acho que o ponto positivo foi durante a primeira fase do confinamento em vários países.

Muitos trabalhadores romantizaram o trabalho remoto e conseguiram respirar um pouco de ar fresco porque o mundo ficou mais lento.

Pessoas que de repente disseram: "Uau, tenho mais tempo com meus filhos, posso começar um novo hobby."

Achei que as pessoas ficariam muito mais estressadas e, nas primeiras fases do confinamento, estavam mais relaxadas do que nunca.

Claro, devido à grande persistência desta pandemia, perdemos essa vantagem.

Acredito que os governos perderam essa oportunidade. Perdemos a motivação, mas também o empenho das pessoas porque não as incluímos, não as ouvimos.

Também algo que realmente me surpreendeu, e que é negativo, é o medo da morte.

Perdemos tantas vidas para a covid-19 que muitos não conseguiram dizer adeus. Na maior parte das vezes, isso só foi possível por meio de smartphones, devido aos riscos de contágio.

Muitas pessoas morreram sozinhas. Muitas famílias que perderam alguém não conseguiram viver o luto como deveriam.

Meu conselho a todos os países é que instalem monumentos para lembrar todos aqueles que morreram, onde as pessoas possam refletir e que as famílias saibam que seus entes queridos não são esquecidos.

Não sabia que tínhamos medo da morte assim e que, na verdade, estamos relatando as perdas, mas não estamos reconhecendo a dor que as acompanha.

BBC - Parece que ainda temos um longo caminho a percorrer nesta pandemia. Algum conselho para nossa futura saúde mental?

Hoof - Acho que um bom conselho para nossa saúde mental é cuidar de nós mesmos e ter um bom estilo de vida, incluindo níveis suficientes de exercício.

Elke Van Hoof

CRÉDITO,

KOEN BAUTERS

Legenda da foto,

"Agora é a hora de investir em uma política de retorno ao trabalho muito boa, a fim de estarmos preparados para aquela ausência de longo prazo que aparecerá em todos os lugares"

Mas uma das principais dicas que quero compartilhar é ajudarmos uns aos outros.

Se você encontrar alguém e disser "olá", reserve um tempo para perguntar: "Como vai você?" Higienize as mãos e pegue nas mãos das pessoas. Seja gentil e atencioso. Envie cartões para alguém. Faça algum trabalho voluntário em sua comunidade.

Se você tiver um momento de sobra, ligue para os centros de idosos e pergunte se você pode falar com alguém que não recebe visitas. É para eles que realmente precisamos mostrar que estamos cuidando uns dos outros.

Não cuide apenas de si mesmo, mas invista no cuidado das outras pessoas porque isso também nos ajuda.

Isso dará nossos níveis de bem-estar de uma forma muito mais sustentável.

Línea

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Legenda do vídeo,
Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade

Final de YouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Legenda do vídeo,
Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade

Final de YouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Legenda do vídeo,

Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LIVROS: Ontem, Hoje e Sempre

DICAS PARA O ENEM e LIVROS

OUTUBRO-Leitura/Feriado e Diversão